(Arquivo Peruas Falidas)

terça-feira, 19 de julho de 2016

Ricardo Varjal!



É muito difícil falar sobre as pessoas que prezamos em um momento de dor. De perda. Eu pouco conhecia sobre Dr. Ricardo Varjal até ir trabalhar com ele na Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Daí então, passei a conhecer - e conviver - com um profissional e ser humano que marcaria minha vida para sempre. Trabalhei com pessoas que confiavam no meu trabalho, na minha seriedade profissional. Mas Dr. Ricardo ia muito além. Ele confiava "de olhos fechados". Quando despachava com ele, levava os processos e um a um, tentava explicar o porque da conclusão sobre o parecer. Ele simplesmente assinava o "de acordo", sem maiores explicações. Confiava plenamente no meu trabalho. Um dia me disse: "Doutora, tome as decisões. Eu estou atrás da senhora para respaldá-las." Era assim mesmo. Foi um marco indelével na minha vida profissional, e, como amigo, um exemplo perfeito. Sinto muito, Dr. Ricardo. Que Deus dê conforto e força à sua família pela irreparável perda. 

Sobre a indiferença!

"Nunca antes a indiferença, maquiada pela tecnologia, ‘destruiu’ tantas expectativas como atualmente. Não é o ‘ódio’ pelo outro que desmonta seu sorriso tão duramente costurado. Não é a ofensa que apaga do coração a centelha de uma afinidade qualquer. O que entristece a alma, aquilo que pode afogar os sentimentos mais básicos de um coração, chama-se indiferença. A indiferença é arte do desdém."


Quem pratica a indiferença possui uma veia artística. Esse tipo de pessoa costuma pintar em matizes opacas no rosto do desdenhado a palavra ‘desumanidade’. Pois o que seria a indiferença senão a desconstrução da humanidade? Quem pratica a indiferença – ‘te respondo quando me der na telha e olhe lá’ – faz do outro qualquer coisa, menos ser humano." (Reprodução)